Painéis solares térmicos terão benefício triplo para as famílias

Sócrates dedicou a sua intervenção a enunciar as medidas já anunciadas para este ano, com a excepção do incentivo aos painéis solares
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Sócrates dedicou a sua intervenção a enunciar as medidas já anunciadas para este ano, com a excepção do incentivo aos painéis solares Daniel Rocha (arquivo)
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A instalação de painéis solares térmicos em habitações particulares vai ter um “triplo benefício” para as famílias já a partir do próximo mês, anunciou hoje o primeiro-ministro, no discurso inicial do debate quinzenal, no Parlamento, dedicado à economia.

Esta medida pretende incentivar a utilização de energias renováveis, para a qual o Governo irá dispor de cem milhões de euros dirigidos à comparticipação na compra dos equipamentos e a incentivos fiscais de 30 por cento do custo do investimento. A estes dois aspectos a favor do orçamento das famílias, José Sócrates juntou ainda a previsível redução de 20 por cento da factura energética anual de um agregado familiar.

Pelas contas do primeiro-ministro, o investimento conjunto, das famílias e do Estado, poderá atingir os 225 milhões de euros e beneficiar 65 mil lares, para além de vir a criar 2500 postos de trabalho no ramo dos painéis solares.

No entender de Sócrates, esta é uma medida inovadora e preferencial para responder à crise em que vivemos, que fomenta o investimento, reduz a dependência energética e cria emprego.

O discurso do primeiro-ministro centrou-se muito nestes três vectores, repetindo, inclusive, várias das medidas que já tinha anunciado neste e noutros locais onde tem intervindo. Repetiu que até agora o Estado já pagou 1400 milhões de euros de dívidas às empresas, incluindo o sector da saúde, que este ano o executivo prevê um apoio ao emprego que envolve 2700 milhões de euros e que em dois meses se esgotou a linha de crédito de 400 milhões de euros, que beneficiou 12 mil micro e pequenas empresas.

Em relação a esta última questão, José Sócrates lembrou que o Governo decidiu reforçar esta linha de crédito até 50 mil euros por cada empresa em mais 200 milhões de euros, como anunciou ontem o ministro da Economia.

As redes de nova geração de banda larga de alta velocidade e a modernização do parque escolar constituem duas áreas que estão em execução e que trarão frutos ainda este ano, lembrou o chefe do Governo. As redes de nova geração são “essenciais para a modernização do país” e “essenciais para uma escola pública de qualidade”, frisou.

Nesse sentido, o primeiro-ministro comunicou aos deputados que decorrem obras em 26 escolas secundárias e outras 75 escolas serão igualmente abrangidas por estes projectos de modernização, num investimento de 900 milhões de euros, “que é sem dúvida o maior investimento de sempre feito pelo Estado na requalificação do parque escolar em Portugal”.

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