Objectivo do BE é que PS fique "suficientemente longe da maioria absoluta"

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Portas caracterizou os bloquistas como parte de um "projecto de grande convergência política em construção à esquerda" Paulo Pimenta (arquivo)

O cabeça-de-lista do BE às europeias apontou hoje como objectivo do partido que o PS fique "suficientemente longe da maioria absoluta", caracterizando os bloquistas como parte de um "projecto de grande convergência política em construção à esquerda".

"O nosso objectivo é que PS fique suficientemente longe da maioria absoluta já nestas eleições europeias, para que todo o povo perceba que podemos pôr fim daqui a uns meses à maioria absoluta que temos tido", afirmou Miguel Portas, em declarações aos jornalistas em Guimarães, no final da última arruada da campanha do BE. Por isso, frisou, é que ninguém se pode demitir de ir votar no próximo domingo, "para dizer a José Sócrates que se acabou a arrogância da maioria absoluta".

Fixando como adversário do BE o PS e o PSD, Miguel Portas considerou que ficar à frente da CDU nas eleições para o Parlamento Europeu "não é uma questão particularmente relevante". A pouca horas do fim da campanha eleitoral para as eleições de domingo o candidato do BE disse ainda que o partido é "parte de um projecto em construção, um projecto de grande convergência política em construção à esquerda".

Um projecto que, continuou ainda Miguel Portas, "vai até aos socialistas que têm discordado com a governação que temos tido, a um projecto que abrange seguramente o povo que tem votado no PCP, um grande projecto com ambição maioritária para a sociedade portuguesa".

Apesar disso, o candidato manifestou-se hoje confiante num bom resultado nas eleições dizendo-se "tão tranquilo quanto convicto das propostas que apresentou". "As expectativas deixo-as aos eleitores mas estamos confiantes não tanto por causa das sondagens mas pelo contacto mantido com a população a ouvir os seus problemas, dores, indignações e por vezes receios", frisou.

Miguel Portas, que falava no final de uma visita ao centro de artesanato da Adere-Minho, Associação de Desenvolvimento Regional do Minho, em Soutelo, Vila Verde, frisou que o próximo Parlamento Europeu terá de enfrentar problemas importantes como o da crise da economia e com todos os problemas relacionados com o controle sistema financeiro, a fiscalidade à escala europeia e o reforço dos próximos orçamentos comunitários.

Acrescentou que tal como no mandato anterior de eurodeputado dará muita atenção à presença da União Europeia na cena internacional em particular para prevenir guerras e não para alimentar guerras preventivas".

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