PSD e CDS/PP podem ser chamados para coligação pós eleitoral

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É possível coligação pós eleitoral entre PSD e CDS/PP Manuel Roberto (arquivo)

O líder da distrital do Porto do PSD, Marco António Costa, afirmou hoje que o seu partido e o CDS podem ser chamados “mais cedo do que parece” para fazer uma coligação nacional pós-eleitoral para governar o país.

“Mais cedo do que parece, possivelmente haverá uma coligação entre os dois partidos. Seria sinal de que o país vai no sentido certo”, afirmou o dirigente, na assinatura de um acordo com o seu homólogo do CDS/PP, Álvaro Castello-Branco, para coligações pré-eleitorais em vários concelhos do distrito do Porto.

Marco António Costa considerou que o PS “anda atarantado e perdido”, considerando nomeações como a da ex-governadora civil do Porto, Isabel Oneto, para presidente da Autoridade Metropolitana de Transportes “sintomas do fim de ciclo que se vive naquele partido, que sempre teve uma cultura de colonização da administração pública”.

No documento assinado hoje entre os dois líderes distritais não só se formalizam os acordos que se encontram já “no terreno” nos vários concelhos do distrito em que a coligação existe - exclui-se este ano a Maia, onde após décadas de candidatura conjunta o CDS/PP avança com Álvaro Braga Júnior - como se avança com uma possibilidade semelhante para defesa da regionalização.

No acordo de princípios assinado entre as duas partes, refere-se que “a nível supra-municipal os dois partidos em coligação comprometem-se a assumir uma postura de pro-actividade geradora de posicionamentos e políticas favoráveis a uma concepção regional do território, assente numa organização política de auto-governação do mesmo, em que a legitimidade dessa governação seja de emanação democrática”.

Ou seja, as duas estruturas comprometem-se a pugnar pela regionalização, contrariamente assim às posições oficiais das direcções nacionais dos dois partidos, que têm manifestado reticências quanto a este projecto.

Álvaro Castello-Branco desvalorizou o facto de os dois partidos avançarem unidos em coligações autárquicas quando as suas direcções nacionais manifestam posições tão distintas, recordando que já em 2001 aconteceu o mesmo nas autárquicas. “Há muito que une os dois partidos e muito que os separa, isso é normal em democracia”, acrescentou.

O documento assinado pelas duas estruturas assinala várias críticas ao governo do PS, que “aumentou nove impostos”, promoveu uma “errada política económica”, provocou “um atraso deliberado da entrada em vigor do QREN” e revelou “uma postura sectária sem precedentes das relações com as autarquias”.

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